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Mostrando postagens de 2010

Partir sem ter planos.

Coisa que gosto é poder partir sem ter planos. Natal. Ano novo. Descanso. Malas. Aeroporto. Passeio na praia. Livros. Biquíni. Chinelo. Nada de internet, ar condicionado ou salto alto. Enfim, férias. Não, não são férias das pessoas, do trabalho, da rotina. É uma espécie de férias de mim mesma. Pela primeira vez, nos últimos anos, passei uns dias sem a cabeça funcionando, sem a vontade compulsiva de escrever, de resolver, falar, explicar, complicar, organizar. Férias... meu jeito simples de me encontrar em mim mesma. E não tem preço café da manhã de hotel. Caminhar na praia. Olhar o céu sem hora de acabar. O relógio esquecido na mesa de cabeceira da minha cama feitinha lá na cidade mineira, e não precisar dele para nada. Passeios de mãos dadas. Cheiro de protetor solar. Passar quinze dias sem um check list. Caixas de emails e celular off line. Escrever com coqueiro, céu e sol me olhando neste fim de tarde. Escrever por escrever, sem precisar me esvaziar. Quem não precisa de férias de ...

É só um apertinho.

Não gosto de sentir o peito apertado, sem saber porque. Não é aperto de tristeza, que eu desconheço isso. Sou feliz, quase idiota. É um aperto de não saber mesmo. De alguma falta, algo que saiu diferente do que deveria, algum mistério, alguma coisa que não pôde ser. Ou aperto de fim de tarde, de fim de expediente, de fim de ano. Ou aperto de não está cabendo, não serviu, ficou pequeno. Preciso de cumprir meus roteiros, não sei sair dos planos. É que sou muita entrega. Muita entrega pra 53 quilos. Precisaria de menos. Menos entrega, birra, manha. Ou mais. Mais quilos, tamanho ou idade. Sou criança, lembra? Menina, pequena, faço bico, manha, fecho a cara se não gostei. Não sei ouvir não. Não aceito sentir que estou sendo contrariada, que alguma vontade ou desejo meu possam ser negados. Eu sou estranha. Mas me sinto idiotamente feliz e completa quando enxergo que me conheço tanto e me aceito assim. Esquisita, mas inteira. Real. Transparente. Porque, há muito já perdi meus medos de mostrar...

Só imaginando.

Cenário um: Um pai. Uma mãe. Uma menininha. O pai, agressivo. A mãe, covarde. A mãe vai embora. A filha fica com o pai. O pai tinha uma amante, que tinha uma filha, que era violentada por ele. Cenário dois: Um pai. Uma mãe. Um menininho. A mãe vai embora. O pai também; é assassinado. Um filho fica com a avó. O outro é preso por assalto a mão armada e com acusações de estupro. Cenário três: A menininha da primeira história se encontra com o menininho da segunda. Agora eles são: Um pai. Uma mãe. Um menininho que pegou emprestado o nome do pai. O pai, suposto ídolo. Suposto assassino também. A mãe, suposta modelo. Suposta garota de programa. Cenário quatro: A mãe foi morta. Pelos amigos do papai. O papai foi preso. O menininho ficou sem pai, sem mãe. Os personagens das histórias têm nome. Nome conhecido. Era pra ser só mais um caso policial, como tantos outros. Mas não foi. No último ano tivemos overdose da tal história. A mídia fez o papel que tantas vezes cumpre muito bem de des-info...

Um sonho bom!

Sempre fico a pensar no que os sonhos representam. Às vezes acho que são uma modo de fazer algo que gostaríamos de ter feito e não tivemos possibilidade ou coragem. Às vezes acho que são um modo de realizar ou viver algo que não gostaríamos, mas pelo que devemos passar, pra experimentar sensações, testar nossos medos, nossa moral, nossas vontades. Às vezes acho que nem uma coisa, nem outra, que não querem dizer nada, que é só diversão do inconsciente, da alma, pra sair da mesmice dos nossos pensamentos ou da nossa rotina. Eu nunca sonhei com meu irmão. Sempre pedia pra isso acontecer só quando fosse a hora. Digo, nunca tinha sonhado. Até esta noite. O sonho: Uma festinha lá em casa. (não rara). Os amigos todos lá. Meus pais. Os meninos. Os vizinhos de muro e de rua. Churrasco, pinga (argh), vodka, água de côco, suco de laranja, os amendoins da minha mãe. Eu resolvi tomar conta do som, o que normalmente não é autorizado, uma vez que meu gosto musical é considerado duvidoso. Coloquei uma...

Vi, vivi ou inventei!

Eu nunca expliquei de onde surgiu o nome do blog. Acho até que deveria ter sido a primeira coisa a ser feita quando ele nasceu. Ou nem devia explicar e deixar cada um entender ao seu modo, fazer sua interpretação. Mas vou dizer. Eu estava lendo Martha em um dia qualquer. E quem me conhece sabe da minha adoração por esta mulher. Não sou de muitos ídolos, mas ela é, definitivamente, uma das minhas. Diz tudo que eu quero dizer, pensa tudo que eu penso, escreve tudo que eu quero escrever. Às vezes sinto aflição, porque gostaria de ter, eu, dito antes. Tem um texto dela, chamado A Janela dos Outros, em que ela fala sobre como o ser humano tende a só querer ver o que mostra sua própria janela, como se a visão ou opinião do outro não tivesse mesmo muita importância. Em um momento da crônica, perto do final, ela diz “A sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos”. Conheço poucas pessoas que falem tanto e batam tanto o martelo como eu. Minha...

Dias bons de ser feliz.

Seria mais uma sábado qualquer. Mas amanheceu um dia desses que fazem gosto levantar da cama. Abrir todas as janelas da casa. Ficar olhando pro céu e deixar o vento passar. Sem pensar em muita coisa. Dia bom de ser feliz. Calor. Passei o dia estudando, de frente para o computador. Mas a vista da janela lateral me lembrou a cada segundo de sentir aquela sensação boa de dias lindos. Vontade de colocar um vestido curto. Esvoaçante. E sair por aí distribuindo uns sorrisos gratuitos. Sozinha em casa. Hora de dar a comida dos meus bebês. Dei, troquei água. Liguei a mangueira para molhar o jardim de papai. Molhei. O dia lindo ao meu redor. Thor e Lilico brincando por ali. Um andando atrás de mim e me observando com um olharzinho de quem me ama; o outro com meu chinelo tentando me fazer brincar de pega-pega que ele adora. Eu, de short jeans, camiseta e chinelo (só em um pé, o outro na boca do Thor) e a água gelada caindo nos meus pés. Sem raciocinar muito o que estava fazendo me molhei também...

O amor acaba..

Alguém duvida? A-ca-ba! É certo que viver se preparando para isso, - para o fim do amor -, não tem graça e não tem a menor lógica. Cá estou eu me aproximando dos quatro aninhos de nós dois, cheia de certezas, expurgando cada dúvida, qualquer indício de que eu não vá estar pra sempre onde estou. Mas ainda assim, nem eu, nem ele, nem você, temos certeza de quanto tempo dura. Pra sempre é muito tempo, pra sempre é um lugar que eu adoro e é bom de estar. Adoro sentir que alguma coisa nunca vai terminar. Mas quem vai saber? Ou você acha que aquele casal que namorou doze anos, se casou e se separou depois de um ano juntos achou que fosse acabar? Ou aquele que se apaixonou e viveu os dois meses mais intensos de suas vidas? Ou aqueles dois que largaram seus antigos relacionamentos por não acreditarem que pudessem viver um sem o outro? Ou aquele outro que já começou com jeito de quem ia terminar? Não achou. Não acharam. Ninguém achou. Mas acabou. Porque o amor acaba sim. Outro dia, na mesa de u...

Um relicário imenso deste amor..

O post pronto pra ser publicado hoje era sobre quando o amor chega ao fim. Só que ontem fui pra casa da melhor amiga. Aniversário de 25 aninhos. Fui direto do trabalho. Cheguei lá antes dela. Curti a mãe, que é como se fosse minha. Dei presente. Aproveitei a irmã pequena, que carreguei no colo e agora é quase maior que eu. Ajudei a arrumar os detalhes antes do pessoal chegar. Como sempre. O namorado dela chegou. É mais que um grande amigo. Perguntou se eu sabia guardar um segredo. É coisa que eu sei fazer bem. Guardo muitos segredos. Não meus, dos outros. Prometi. Ele contou que ia pedí-la em casamento. Eu dei um grito, lhe dei um beijo e um abraço apertado, senti um frio na barriga, me arrepiei e passei mal a noite inteira com esta informação disparando meu coração de minuto em minuto. Por isso vai ficar para depois o post que falava sobre o fim do amor. De repente, acreditar que o amor é definitivo é tudo que tem importância. O amor nunca acabar é a única coisa que eu posso pensar e ...

meus gostos II...

Gosto...de ser menina de blusa Hering, calça jeans, all star e rabo-de-cavalo. Gosto...de ser mulher de tomara-que-caia, saia curta, salto alto e maquiagem.

Quando a morte conta uma história...

...você deve parar para ler. É estranho que eu tenha demorado quase um ano para ler o tal livro. Li as 100 primeiras páginas em meados de maio e parei. Daí, por meses, ele me olhou da mesinha ao lado da minha cama. Acabou chegando de novo até mim. Custei, mas li novamente as tais primeiras páginas. Fez mais sentido. Quis saber onde acabava a história. Por dias e dias, neste último mês, a tal história foi meu lugar seguro. É engraçado que eu tenha passado meses pra arrumar tempo pra ler e neste momento todo meu tempo livre tenha sido dedicado a ele. Sarou minha ansiedade, aliviou momentos de inquietação, de não saber. E eu corri praquela história onde eu passei minhas últimas noites inteiras. E lendo eu me sentia em um lugar que é meu, em algum lugar onde eu deveria estar. Cada saukerl e cada saumensch lidos me remeteram imediatamente a alguma coisa que eu não sou. Ou não pude ser. Ou viver. O livro parece um mau pressentimento. Você vai lendo e sentindo e sendo alertado que algo não ...

Promessas.

Ela se queixa há dias porque as promessas dele não foram cumpridas. Exige isso dele, mas não é sequer capaz de cumprir as promessas que faz a si mesma. Ele não foi capaz de cumprir as promessas que fez a ela. Promessas de amor. Prometeu sempre amá-la, desejá-la. Sempre pensar nela. Sempre achá-la a mais linda das mulheres. Sempre reagir só ao mesmo cheiro e ser só dela. Prometeu até avisar quando não fosse capaz de sentir mais nada disso. Prometeu e não cumpriu. Então, depois de entender que o mocinho não valia à pena, ela se prometeu nunca mais atender aos chamados dele. Depois quando os chamados pararam, se prometeu nunca mais ligar pra ele. Depois nunca mais mandar emails. Nunca mais falar no MSN. Nunca mais mensagens. Nunca mais ouvir a música dos dois. Nunca mais sonhar com ele. Nunca mais sorrir sozinha ou sentir frio na barriga ao se permitir lembrá-lo. Nunca mais. Promete, mas também não cumpre. Liga, manda os emails, mensagens. Sonha e pensa nele 24 horas por dia. Ouve a músi...

Fluidos transcendentais..

Ele me chama de marmota. De magrela. De gordinha. De bicuda. De baranga. Ele chama meu all star de kichute, minha alergia de pereba e minha calça xadrez de roupa de quadrilha. Ele me olha com carinho mesmo quando eu estou insuportavelmente chata de Tpm distribuindo indelicadezas por aí. E me dá bala ou sorvete. Ele arruma meu computador. Meu aumento. Meu humor. Ele me trata como se eu fosse um homenzinho. E me leva pro almoço só dos meninos. Ele divide a sala comigo. E faz piada de tudo que eu falo, faço e visto. Ele é criminalista, mas sempre tem boas teses civilistas. Ele me chama pra ir com ele até o Fórum de Nova Lima, só pela minha companhia. Ele me ensina tudo sobre os homens. Ele me acha linda, mas fala que eu sou “até bonitinha”. Ele é o Dj e anima as festas na minha casa, distribuindo pinga por ali. Ele diz que o Thor é mal educado e o Lilico vira-lata. Ele me espera para almoçar. E paga meus almoços. Ele me conhece como ninguém. E sabe meus segredos. Ele toma conta de mim. El...

Olhos de diamante.

Dois paredões. Duas estruturas. Firmes. Imponentes. Sempre soberanos. Vivos. Sempre ali. Olhos de diamante. Meus pais. Meu pai. Minha mãe. Inabaláveis. Digo, aparentemente, inabaláveis....................... É difícil aceitar que nossos pais mudam. Que nossos pais são frágeis, falíveis. Que se entristecem. Que se perdem. Que se desestruturam. Que são humanos, e não heróis. Difícil aceitar que talvez não exista mais o brilho dos olhos de diamante que por tantas vezes foram pousados sobre nós. Tanto amor, tanta alegria completa. Durante os últimos mais de quatro anos eu neguei o fato de que eles poderiam mudar. Neguei que o fato de eu ter perdido meu irmão iria mudar tanto assim minha vida. Neguei que o fato deles terem perdido o filho também mudaria. Mudou. Hoje, em meio a dias dos quais eu venho fugindo e situações que eu venho evitando, eu entendi isso. Mudou. Pode parecer estranho dizer. Mas não é. É simples. Mudou. Muita coisa mudou. Eles mudaram. Talvez ela não seja...

A vida é um doce..

Hoje é aniversário do blog. Há exato um aninho, aqui estava eu pela primeira vez. Pela primeira vez falando sobre mim, me despindo para quem quisesse assistir, escancarando minha janela, me esvaziando, me aliviando, com suavidade, com firmeza, com certeza, com as contradições que existem em mim. Durante um ano inteiro estive aqui, menos vezes do que gostaria, mas acho que suficiente. Avisando, alertando ao outro o que eu sou e o que eu não sou. Correndo um risco enorme ao fazer isso. Me lembrando de olhar no espelho da alma, me enxergar e aceitar o que eu vejo. Registrando aquilo que existe em mim. Pretendendo o impossível, mesmo sem acreditar que algo de fato o seja. Me conheci melhor. Aprendi que meus pensamentos não comportam tudo aquilo que eu penso e por isso escrever foi tão importante. Organizei minhas idéias. Aceitei minha ingenuidade e minha inocência ao acreditar nas pessoas e ao me preocupar com elas, mais do que elas comigo, mais do que elas talvez precisassem. Descobri qua...

É só a lembrança de um momento bom...

Fim de festa. Madrugada do dia 13 para o dia 14 do mês de agosto, 04:30 horas. Casa vazia. Umas horas antes, casa cheia. Aí fica aquela sensação boa. De missão cumprida. De aniversário comemorado. De ter pessoas pra se amar. Pra me amar. Todo mundo vai embora. Fica a bagunça melhor de arrumar, as fotos, uns presentes, a lembrança boa de mais um aniversário. E também fica quem nunca vai. Entre as toalhas de mesa e as cadeiras espalhadas pelo quintal, entre os copos, os embrulhos amassados de presente, os presentes. Entre a bebida derramada, o bolo, as velas. Entre tudo isso, o melhor abraço do mundo. Silencioso. Sem aviso. Sem motivo. Com todos os motivos do mundo. Demorado. No meio, bem no meio do quintal. Normalmente, no meu quintal eu me sinto guardadinha, pequenininha, protegida. Sinto que o mundo é enorme lá fora. Nesta hora, não. Nesta hora meu quintal, sim, é que parecia o centro do mundo, enorme, meu lugar. A sensação é de que parecia que tudo é que girava em torno de nós. Ao re...

nossos anjos..

Eu não me lembro bem de quando meus avôs se foram. O da mamãe eu ainda era quase uma nenénzinha. Carrego pouca ou nenhuma lembrança e muitas histórias contadas por quem viveu com ele. O do papai tenho alguma coisa a mais na memória. O gosto de um chocolate de papel vermelho e do guaraná, que ele sempre comprava quando eu ia pra lá, além de umas boas histórias de um velhinho cheio de maniiias, de quem com certeza eu puxei as minhas. Mas a lembrança mais marcante de quando ele se foi, foi ver o que se abateu sobre meu pai nos dias que se seguiram. Ninguém me preparou pra ver meu pai daquele jeito. Pai não devia poder ficar triste. Nem mãe. Afinal de contas são eles que sempre dizem: “na vida tudo tem jeito, filha! Tudo”... AAAh, tinha passado despercebido o restinho da tal frase. “na vida tudo tem jeito, filha! Tudo. MENOS a morte.” Eles bem que avisaram. Hoje acordei com uma notícia ruim. Dona Carmen virou anjo. A verdade é que toda avó é um pouco anjo, né? A sensação é de que com o pas...

meus gostos..

Gosto de quem se posiciona. De quem gosta de alguma coisa e não gosta de outras. Gosto de quem sabe o que quer, o que gosta, o que satisfaz. E também o que não quer, o que desmotiva, o que dá preguiça. Em cima do muro não dá. Sem intensidade e muitas paixões não tem graça. Não mesmo. Prefiro me entregar ao que sinto, ao que amo, quebrar a cara e o coração, mas oferecê-los ao meu mundo. Melhor do que ser mais ou menos. Sendo inteira e compartilhando meus gostos e des-gostos, eu sou melhor. Sigo, à flor da pele. Suave. Feliz. Serena. Emotiva. Ou como um furacão de sentimentos. Amando e não-amando. Gostando e não gostando. Me compartilhando. Gritando meus gostos.Aos poucos. Gosto...................... de ser mulher de mil vontades. Não gosto................de saudade.

Aniversário, êêê.

Tem quem não seja muito fã de aniversário. Concordo que seja mais uma invenção-convenção-tradição... e destas eu não sou muito adepta. Mas também não as renego, nem as rejeito. Por outro lado, euzinha, fã de fechar ciclos, contar datas, celebrar, comemorar, AMO aniversário. Esta semana foi minha vez e eu amei. Como sempre. Acho que isso é bem coisa de ‘mulher de leão’, (não sei nem se acredito direito em signos), mas eu amo ter um dia só pra mim. No meu dia ninguém pode implicar comigo, ninguém pode me contrariar, todo mundo me abraça, fala que eu estou linda e me deseja coisas boas. Além disso, é dia de receber ligações que em dias normais, provavelmente, eu não receberia. Como a maioria já sabe, adoro presentes e surpresas e não tem dia melhor pra isso do que o dia do aniversário. Este ano já passou. Agora, só no que vem. Pena que é só um diazinho por ano. Mas vale. Sem falar que é tempo de manter, recuperar ou melhorar o equilíbrio e os pensamentos. Mas pra isso tem outro postzinh...

Casa da Vó.

Tudo começou com uma reforma em casa. A ordem era fazer as malas, lacrar os armários e passar 10 dias sem pisar lá. Primeiro pensei: Que que vai ser de mim por 10 dias longe do meu armário, das minhas coisas, dos meus cosméticos, do meu computador, livros, roupas?! Depois me ocorreu que eu tinha que resolver onde iria ficar. Decidido, uns dias na casa da vó. Bendita escolha. Percebi que eu tinha que fazer este post, quando me deparei comigo, sem opção de escolha, atrasada pra ir trabalhar, assentada ao sol na varanda da casa, com minha vó enxugando meus cabelos com a toalha, porque: “secador faz mal pro cabelo, sua toalha não seca direito e senão você pode pegar um resfriado.” Demais pro meu coração de tão linda. Casa de Vó é diferente. Na casa da Vó, minha mãe não consegue brigar comigo, porque cada vez que ela tenta, minha vó intervém: “deixa a menina, Ana Maria”. Na casa da Vó “os morangos são os maiores que eu já vi ”. Com certeza pelo tamanho são cheios de agrotóxicos, mas eu nun...

Eu não sei tirar as pessoas da minha vida..

Eu não sei tirar as pessoas da minha vida, não mesmo. Nunca soube. E tenho pena de quem sabe. Não importa a categoria. Amigas, amigos, namorados, colegas de trabalho, qualquer coisa. É que eu não entendo esta história de ‘em um dia a gente é feliz, se diverte juntos, troca uns segredos, divide a mesa do bar, a conta e a intimidade’ e no outro... ‘no outro não..no outro aquela pessoa até então querida se torna um ‘ex’ qualquer coisa’. De repente ‘fulano ERA meu amigo’, ‘eu ERA apaixonada por ciclano’ e ‘já FUI melhor amiga daquela outra’. Socorro. Não sei dizer se é defeito ou qualidade. Sei dizer que o que eu puder fazer para manter as pessoas na minha vida eu faço. Não sou nenhuma boba ambulante que faz questão de quem não faça questão de mim. Não é isso não. Sou movida a calor, a amor, a carinho. Celebre por me ter na sua vida e eu celebrarei por te ter na minha. Outro dia disse isso a um amigo: Eu não preciso das pessoas e nem quero que elas precisem de mim. Eu preciso é de que elas...

..são idéias vãs..

Ontem de madrugada eu acordei de repente. Não foi à toa, meu filhote está doentinho. Passou mal a noite toda. Mas o que importa é que eu estava no meio do meu descanso de toda noite e acordei. Perdi o sono. Olhei o baby ali deitadinho. A sombra das minhas coisas espalhadas pelo quarto. Peguei o celular, olhei o relógio. 2:32 horas da madrugada. Adivinha no que deu? Plin. Mil pensamentos, cabeça funcionando à mil. Ali no meio da madrugada. Normalmente eu tenho medo. Do escuro, do silêncio, dos pensamentos que se escondem ali por trás. Mas sabe? Ontem não. Ontem eu quis levantar, tomar banho, arrumar meu armário, trocar de roupa, ir trabalhar, ligar pras pessoas. Quis dar um grito e aproveitar aquilo ali. Olhei ao meu redor e pensei. Porque não agora? Porque não agora que o trânsito vai estar bom, não vai ter fila no restaurante, no banco, na loja. Não vai ter perigo de eu ser atropelada, como eu “quase sou” todo dia. Não vou ter que esperar pra ser atendida. Nem pra chegar minha vez. Nã...

Aonde você quer suas marcas de expressão?

Dia desses estava eu tentando resolver pelo telefone uma questão junto a um órgão público. Aguardava ali, ao telefone, uma resposta da quarta atendente para a qual haviam direcionado minha ligação. Vi no reflexo do porta-treco da minha mesa do escritório minha testa franzidinha, minha marca de expressão forte, marcada. Parei. Respirei. Relaxei. Pensei: Poxa! Para que tanta tensão e tantos maus tratos com a minha marquinha de expressão? Passei a reparar que as pessoas andam assim. Testa franzida, olhar carregado. Adianta? Adiantou eu gastar minha marquinha com aquele telefonema? Foi mais eficaz? Se o relatório não ficou pronto; Se o chefe está de mau humor; Se o carinha não ligou no dia seguinte; Se você se irritou; Se o dinheiro para pagar a dívida acabou; Se você está atrasado; Se o sinal fechou; Se o trânsito está ruim; Se o homem da sua vida te abandonou. Franzir a testa não vai resolver nenhum desses problemas, eu garanto. Mas vai te criar uns outros. Vai te fazer parecer uns anos ...

..tirar a bússola do armário..

Não tenho conseguindo escrever nos últimos tempos. Minha cabeça tem funcionando de um jeito estranho. Mas mal. Tenho andado inquieta. Quieta. Na pasta do blog mil posts inacabados. Idéias incompletas. Pensamentos interrompidos. Tenho andado assim. Encerrando certas coisas pelo meio. Alguns livros. Alguns projetos. Alguns emails. Alguns pensamentos. Eu tenho um mundo só meu. Nele parece ter tudo que eu preciso. Bem da verdade eu não preciso de muitas coisas. Por vezes me basta saber tudo ali. Daí quando me sinto incompleta me perco. Ando assim. Podem ser coisas da minha cabeça. Pode ser a tpm de dois meses sem o ‘Pré’ virar ‘Durante’. Pode ser qualquer coisa. Ou alguma outra coisa. Pode ser meu jeito de me encontrar. E por vezes eu faço isso. Mudo o caminho, desvio a rota. Só para me achar em mim outra vez. Necessário. Mas inquietante. Sei que a bússola está esquecida no armário. Aquela bússola do post antigo. Está no armário. O armário que eu estou indo lá arrumar agora. Mandar embora ...

e, SIM, eu acho que é bem parecido com a vida real..

Mexendo nas minhas coisas achei este post escrito e não publicado... é antigo, mas ainda vale ;) Sempre tive vontade de escrever sobre minha paixão por realities shows. Pra começar, começo pela opinião do meu pai, normalmente, fazendo referência ao Big Brother Brasil: “Filha, pelo amor de deus, se você gosta de ver esta coisa horrorosa não conta pra ninguém não, que é uma vergonha.” rsrs. Na verdadeee mesmo, eu não sinto vergonha nenhuma e acho mesmo que eu não devia sentir. Pra mim realities shows são a própria terapia (aqueeeela que eu já assumi que devia fazer, mas não faço). Então pra começar a falar de reality show eu vou dar o conceito da nossa conceituadíssima Wikipédia: “Reality show é um tipo de programa televisivo baseado na vida real. Podemos então falar de reality show sempre que os acontecimentos nele retratados sejam fruto da realidade e os visados da história sejam pessoas reais e não personagens de um enredo ficcional.” Então okey. Eu adoro reality show. Eu gosto de “O ...