Pular para o conteúdo principal

Eu não sei tirar as pessoas da minha vida..



Eu não sei tirar as pessoas da minha vida, não mesmo. Nunca soube. E tenho pena de quem sabe.

Não importa a categoria. Amigas, amigos, namorados, colegas de trabalho, qualquer coisa.

É que eu não entendo esta história de ‘em um dia a gente é feliz, se diverte juntos, troca uns segredos, divide a mesa do bar, a conta e a intimidade’ e no outro... ‘no outro não..no outro aquela pessoa até então querida se torna um ‘ex’ qualquer coisa’.

De repente ‘fulano ERA meu amigo’, ‘eu ERA apaixonada por ciclano’ e ‘já FUI melhor amiga daquela outra’.

Socorro. Não sei dizer se é defeito ou qualidade. Sei dizer que o que eu puder fazer para manter as pessoas na minha vida eu faço.

Não sou nenhuma boba ambulante que faz questão de quem não faça questão de mim. Não é isso não.

Sou movida a calor, a amor, a carinho. Celebre por me ter na sua vida e eu celebrarei por te ter na minha. Outro dia disse isso a um amigo: Eu não preciso das pessoas e nem quero que elas precisem de mim. Eu preciso é de que elas me saibam aqui. De que quem eu gosto tenha a certeza de que SE precisar vai me achar.

Do meu jeito e é um jeito diferente de viver, eu vivo bem. Nunca precisei tanto das pessoas, mas nunca me virei tão bem sem elas. Mas eu gosto muito de todo mundo. Tenho orgulho de colecionar uma lista enorme de pessoas que eu gostaria que me soubessem aqui. Mesmo que elas não saibam, mesmo que elas não se importem, mesmo que seja algo só meu.

Graças a Deus existe a internet, sites de relacionamento, MSN, boteco, cinema, japonês, quinta-das-amigas, lanchinhos, almoços, eventos e aniversários suficientes para que eu possa manter as pessoas na minha vida.

E se não for assim eu não vivo. Eu faço mesmo questão de todo mundo, faço mesmo questão de quem eu gosto. Amo, amo saber que o outro sabe, sabe que eu estou aqui, sabe que é amor.

Eu amo, sim, demais as pessoas. (e isso até é assunto pra outro post). Mas isso não quer dizer (e não quer mesmo) que eu não dedique carinhos especiais a determinadas pessoas. E olha que a minha lista de ‘especiais’ é imensaaa.

Mas é assim que é.. Pra mim não há nada melhor na vida do que me dedicar às pessoas. Do que deixar o mundo saber o que sinto. Do que dar um grito, um sorriso, uma gargalhada quando meus olhos vêem alguém que eu preze. Eu invisto nas pessoas e realmente acredito que elas valham à pena.

Há pessoas que não. Há quem saiba tirar as pessoas de suas vidas, que deixam passar o outro. Uma pena. Mais pra elas que pra mim, mas ainda assim eu lamento. Lamento porque eu vivo desta energia e preciso dela. Lamento porque as minhas pessoas são meu vínculo, com o que já vivi, com meu presente e com o que ainda estar por vir.

Lamento porque sinto um aperto no peito cada vez que percebo que se foi alguém; que não sou mais de alguém ou que alguém não é mais meu. Que eu FUI e não SOU mais. Que o outro FOI e não É mais.

Mas é isso aí. Tirar os outros da minha vida é algo que eu ainda não aprendi a fazer e nem quero. Vou me virando, vou me ajeitando comigo mesma quando não tem jeito. Mesmo sem querer.

E sigo, amando amar. Amando abrir o sorriso, o olhar, a energia e um grito para aqueles que são, que estão.

Para aqueles que SÃO, me saibam aqui. Eu sou, eu estou, eu amo.

Amo daquele velho jeitinho. “Amo igual criança, amo com todas as letras. A-M-O e invento. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Sem pudor. Quer me entender? Não precisa. Quer me amar. Me dê um chocolate, um bilhete. Não importa. Eu gosto é de beijo, abraço e surpresa!”

Eu não sei tirar as pessoas da minha vida, não mesmo. Nunca soube. E tenho pena de quem sabe.

Comentários

  1. Ai que saudade.......

    ResponderExcluir
  2. Tirei um tempinho hoje para vir aqui ler seus textos que já te disse que adoro!
    Pareço muito com você, quanto mais pessoas para amar, melhor! Mesmo que você não saiba, estou sempre aqui, me emocionando com seu amor pelo mundo! =)

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Para beijar na chuva.

Pela ordem natural este post deveria ser aquele sobre minha viagem, sobre minha partida, sobre minha chegada.  Mas não tenho sido muito adepta da ordem natural ou estaria em uma outra vida, sonhando com um bando de coisas que eu nem acredito que existem. Por isso o fim de ano chegou primeiro e com ele meu post da virada, que tem se tornado uma tradição para mim. Algo como o Especial de Natal do Roberto Carlos ou o Show da Virada do Faustão. Post de final de ano, então, tem todo fim de ano. A única condição aqui é que as sensações sejam novas e desde já fica meu pedido para que o universo renove meus desejos e que eles sejam mesmo diferentes a cada ano, e sejam alimentados por expectativas diferentes, sensações diferentes e sonhos diferentes. E que haja, por isso, inspiração para que eu escreva a cada virada de ano e muitas vezes entre uma virada e outra, porque se isso não significa muito para as pessoas, para mim, significa sempre que eu estou viva. E só por este motivo e...

Como vim parar aqui?

Segunda-feira, 07 de setembro. Feriado, 18:40, fim de festinha não rara aqui em casa. Um grande amigo da família foi quem me disse: "Sabe aquela carta que você escreveu pro seu irmão?! É ela que eu leio quando me faltam forças, fica na minha gaveta. Já li mil vezes." Eu também. Sexta-feira, 11 de setembro. 11:30. Fiz uma coisa que há muitos anos não fazia. Desde criança. Fui com minha mãe para o trabalho dela. Fiquei lá. Vendo as coisas, observando as pessoas e achando tudo novo e diferente. Deu muita saudade. De muitas coisas, de muitas fases. Resolvi ler a tal carta, o tal email. Li. Entalei. Passei aperto para segurar as lágrimas. Parei de ler. Recomecei. Percebi que ainda é igual. Que as coisas que eu sinto falta e escrevo hoje em dia para mim mesma são praticamente as mesmas. Ainda é a mesma sensação de não saber bem o que dizer. Mas também percebi que minhas forças, meus sentimentos se renovam diariamente. Fomos almoçar. No Xodó da Praça da Liberdade... Sabores da infân...

A sensação é a mesma...

A sensação é a mesma. A de que não era pra ser assim. Mas é.! Era para ser só mais um final de semana... Fins de semana vem cheios de sensações boas...É como se fosse mais uma etapinha cumprida. Tarefas, prazos, metas. Encerram-se. Para começar tudo outra vez na segunda-feira. Sábado foi um dia importante. Comemorando a vitória de um grande amigo. E aí vem o domingo. 13 de setembro de 2009. De céu azul, de vento gostoso, de café da manhã com a família e com o amor, de paz no coração, de, de.. de notícia ruim... E lá vamos nós. Era para ser só mais um domingo, mas não foi. E a semana começou mais carregada e pesada do que deveria. Parque da Colina na manhã de segunda-feira. Estar ali ao lado de grandes amigos, sentindo uma dor que eu sei qual é me faz reviver um milhão de sensações ruins. E hoje eu não vou falar das minhas perdas, mas das impressões que eu tenho em dias assim.. Então...é isso aí..funciona mais ou menos assim... mais uma despedida...ou melhor, mais uma despedida não fei...