domingo, 22 de novembro de 2009

..volta ao mundo..


Sexta-feira, 20 de novembro, 11:30 hrs.

Chegando do Minas Centro. Volta ao Mundo em 80 minutos. Antes de ir eu não tinha muita certeza do que eu ia ver. Fui prestigiando uma pessoa especial.

Agora estou aqui.. Me desfazendo de pré-conceitos. Refazendo pós-julgamentos.

Poxa. Foi legal, muito legal. Foi gratificante, recompensante.

Eu não tenho uma religião e nem acho que se trata disso. Mas acho que tudo aquilo feito com a intenção de mostrar as pessoas que servir a vontade de Deus faz as pessoas felizes é válido.

Tenho certeza que todo mundo saiu de lá com a mesma sensação que eu. 80 minutinhos pra pensar em coisas boas, pra rir sozinha encontrando a pessoa querida lá no palco, pra desejar sair pela porta do Minas Centro e encontrar um mundo melhor lá fora!

Surpreendente sim.

“..eu tenho um chamado, jamais vou me calar..”

DTA. (em homenagem a linda da Monique!)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Perderam a bússola


“Bússola. [Do it. bussola.] S. f. 1. Fig. Tudo que serve de guia ou norte. [Cf bussola, do v. bussolar].

Na última semana, participando de um Congresso ouvi esta frase de um dos palestrantes em sua discurso... “perderam a bússola..”.. o contexto não era exatamente o que eu vou tratar agora...mas roubou uns minutos do meu pensamento.. como sempre, pra variar, fiquei ali com minhas idéias...

E concluí. Perderam sim a bússola.

As pessoas não sabem aonde estão indo, aonde querem chegar. Vivem por viver, trabalham por trabalhar, namoram por namorar. Faltam sonhos, objetivos, metas. Não há viver que tenha sentido completo sem isso.

Que graça tem?! O trabalhar tem que estar coberto do sonho maior de se tornar o dono da empresa, Ministro do Supremo, a Giselle Bünchen. O namorar tem que estar coberto do sonho de viver um relacionamento encantado, de momentos inesquecíveis, de casar, ter filhos e ser feliz para sempre. O viver tem que sonhar, querer e desejar um mundo perfeito, um lugar que não existe mais, sem guerra, violência e maldade.

E pode parecer clichê, mas está longe de ser.

As pessoas sequer sonham com aquilo que querem ser. Sequer sabem o que querem realmente ser. Falo de extremos de uma sociedade mundial que não sabe o que está fazendo. Falo de milhares de trabalhadores que acordam 6:30 da manhã para trabalhar e voltam no fim do dia sem que nada tenham acrescido às suas vidas. Falo de jovens americanos lutando e morrendo em uma guerra inventada. Falo de violência desmedida. De mães que resolvem não querer seus filhos.

Falo daquele que quer namorar, mas não quer ser fiel. Ou do que quer ser fiel, mas não quer namorar. Falo daquele que quer sucesso, mas não quer trabalhar. Daquele que quer sexo sem compromisso, mas com uma “boa moça”. Daquele que se emociona com a criança sub-nutrida na porta do supermercado, mas vira as costas e compra fortunas em ovas de peixe.

Eu não acho que toda vida tem que ser um conto de fadas ou que a gente não tenha que ter uns segundos de lucidez e pé no chão. Também não acho que a gente tenha que andar inconformado ou insatisfeito com o que tem, querendo outra coisa.

Estou falando de alimentar sonhos, de acreditar, de buscar. Estou falando que eu poderia sim passar o resto da minha vida nesta mesma mesa, neste mesmo canto da sala, vendo a nuca deste mesmo amigo na minha frente... e muito feliz. Mas que estar aqui tem mais graça se eu também sonhar em concluir um doutorado, ser juíza, ministra, professora, ou até mesmo a dona de um escritório tão legal quanto este ai.

Dá pra entender?! Deu né.. O que não dá pra entender é pra onde as pessoas estão indo, aonde querem chegar.

Fato é, que perderam a bússola...

Busque. Viva. Sonhe. Mesmo que seja quase ilusão, mesmo que você ache que seus sonhos não estão com cara de que vão se realizar, mesmo que você não acredite tanto assim em você mesmo. Acredite em qualquer coisa. Trace uma meta, um caminho, um objetivo. Nem que seja para mudar de planos todo dia, nem que seja para que nenhum deles se realize. Apenas sonhe, acredite, saiba.

Seja feliz, saiba para onde está indo. Encontre sua bússola.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sempre acreditei em príncipe encantado..

Eu sempre acreditei em príncipe encantado..Sempre acreditei naquele homem que aparece na sua vida só uma vez, te faz sentir coisas que nenhum outro fez, que te acha a mulher mais linda do mundo... acha não, ele tem certeza que vc é!

Na verdade, fizeram a gente acreditar...como diz a minha adorada Martha: “fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer só acontece uma vez, ..., que cada um de nós é a metade de uma laranja e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade..”

Pois é..eu sempre acreditei..me lembro de em uma conversa há alguns anos com uma fofa aí, onde eu seguramente afirmei: “príncipes existem!!! Vamos esperar pois quanto maior a espera melhor ele será..e ele vai aparecer, eu sei que vai!”

O meu apareceu.. (L)

Não acredito e nem nunca vou acreditar em fórmulas pra ser feliz...cada um vive e acredita no que quiser...em relacionamentos as fórmulas dão errado, só servem para frustrar as pessoas...

Mas hoje eu posso dizer: eu encontrei meu príncipe!

E sei que sim, nós fomos feito um para o outro. Tudo em nós se completa de alguma maneira. É sintonia perfeita, ritmo perfeito. Onde eu sou demais, ele me acalma, onde eu sou de menos, ele me abastece. E vice e versa.

A gente não vive um PARA o outro, a gente vive um COM o outro! Passados estes aninhos e eu sequer descobri seus defeitos.. Ele respeita meu espaço, e o preenche quando ele está vazio. E entende cada uma das minhas manias sistemáticas e olha que são muitas. E sabe exatamente como me fazer feliz.

E me enche de mimos e carinhos porque sabe que eu preciso deles. E eu gosto assim, de exageros, de declarações de amor, de demonstrações de amor...gosto de cada buquê de flor, cada botão de rosa, presente, bombom, cartinha.. gosto não, AMO! Amo q a gente se veja todos os dias, que a cada encontro meu coração ainda dispare, que a cada despedida meu coração fique apertadinho.

AMO ter minhas diárias borboletas no estômago!!!!!!!

E quando ele fala... eu fico muda para ouvir..pq ele é inteligente como nenhum outro homem que eu conheci..e porque é como se fosse música para mim. Nós somos preguiçosos juntos, animados juntos... amamos passeios de amor, mas juntar os pezinhos debaixo do edredom com filme e pipoca ainda é o melhor programa. Nós inventamos uma trilha sonora por dia e rimos até a barriga doer, de qualquer coisa, da gente mesmo. A gente sabe nossos melhores segredos e caminha juntos!

Todo mundo sabe que é amor e a gente nunca teve medo ou vergonha de gritar isso aonde fosse.

Amor à moda antiga, com direito a namorico de portão e misturar as famílias como se fossem uma só.. ainda acho que minha mãe o prefere que a mim! Rsrsr não ligo..tb sou preferida da sogra ;)

Se tem príncipe é conto de fadas. Se é conto de fadas tem final feliz pra sempre. Ninguém tem certeza do dia do amanhã. Quem me fala que é ELE são meus sentimentos. De alguma forma eu sei com toda força que é pra sempre. Mas se alguma coisa desviar nossos destinos está consignado aqui: eu nunca vou deixar de amá-lo...não importa onde eu estiver, ele é o responsável pelos momentos mais felizes e intensos que eu já vivi.

Nós dois somos um e nunca fomos tão nós mesmos.. Somos duas almas controladas por um grande sonho..

Sim, é um príncipe.. de um tipo que eu achei que não existisse mais...mas existe sim..

e eu encontrei!...


"Foi Deus que me entregou de presente você.."

(L)

domingo, 4 de outubro de 2009

Quem paga a conta...?!




Uns dias aí pra trás surgiu esse assunto em uma roda de amigos...

Fiquei chocada... Em pleno século XXI e aquelas mesmas mulheres que gritam INDEPENDÊNCIA são quem põe a si mesmas nesta situação de rebaixamento...
Em síntese, o que eu ouvi foi que: “homem tem que pagar conta” “eles que tem que bancar tudo” “o cinema, o restaurante, o motel, é tudo por conta deles” “contas da casa são responsabilidade dele”

SOCORRO! PELAMORDEDEUS! Eu estudei em escola particular, passei no vestibular, fiquei cinco anos na faculdade, passei na OAB, acordo sábado de manhã para ir pra pós, sou advogada, recém formada(mas bem-sucedida), pago meu salão, minhas roupas, me dou ao luxo de pagar por elas até mais do que elas valem... aí vem umas loucas e me dizem que o homem tem que pagar a conta. SAI FORA.

Amor não é emprego. É por isso que os relacionamentos hoje em dia dão tão errado. Porque relacionamentos são vistos como negócios, investimentos.

Acontece que enquanto o dinheiro em um relacionamento for um problema, ele vai atrapalhar... As contas devem ser pagas de acordo com a conveniência do casal e não com um raciocínio machista anti-feminista e fútil.

E oó. Não é falta de romantismo não. Eu não abro mão das minhas surpresas semanais, dos meus incontáveis buquês de flores, botões de rosas, das minhas dezenas de msgs e ligações diárias, diurnas, noturnas, madrugada adentro e afora. Também não abro mão de comemorar cada mês que passa, dele abrir a porta do carro, de declarações e cartas de amor. Não abro mão das caronas surpresas, dos presentes, do exagero, do excesso, de tudo que é feito por amor. (e não são poucas coisas!)

Mas não me venha com esta de homem pagar todas as contas. Meu preço é mais caro que isso. Liberdade, igualdade...Tudo conversa. Mulher fala, mas não faz. Depois...depois reclama!

Se é jantar eu comi metade! Se é boate eu bebi metade! Se é cinema eu assisti metade! Se é motel eu amei metade! E vice versa.

Não pense que eu estou falando que as contas devem ser matematicamente dividas em centavos não. Ao contrário.


Aceito um mimo, um chamego, um jantar de presente, aceito até exageros!

Mas na verdade deveria ser tudo de acordo com uma matemática do amor, que acompanha a data que o salário cai em cada conta, que acompanha o dia do vencimento da fatura do cartão de crédito, que acompanha quem recebeu honorários maiores naquele mês, que acompanha a praticidade da bolsa ou carteira que está mais perto, que acompanha quem está com dinheiro trocado, que acompanha respeito e praticidade!

Ó, e quando eu exagero na dose e estou sem grana, ele pagar a conta é mesmo uma delíciiiiia... e é especial.. mas pq ele participa das minhas coisas, me presenteia com isso.. não porque criaram esta obrigação há uns séculos. Banalizar isso está por fora. E me irrita.

O que não vale é esta regra machista que fala que a pessoa que eu escolhi pra mim ganha junto com meu carinho, meu amor, minha fidelidade, a obrigação de bancar uma marmanja desse tamanho.

Francamente!

Como eu disse, relacionamentos baseados no dinheiro não dão certo. Preocupem-se com as coisas certas.

Se não gostam da independência, da liberdadade, da igualdade, só tenho algo a dizer...

Quem mandou queimar os sutiãs?

E as minhas contas, dá licença, que EU PAGO!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A sensação é a mesma...

A sensação é a mesma. A de que não era pra ser assim. Mas é.!

Era para ser só mais um final de semana... Fins de semana vem cheios de sensações boas...É como se fosse mais uma etapinha cumprida. Tarefas, prazos, metas. Encerram-se. Para começar tudo outra vez na segunda-feira.

Sábado foi um dia importante. Comemorando a vitória de um grande amigo. E aí vem o domingo. 13 de setembro de 2009. De céu azul, de vento gostoso, de café da manhã com a família e com o amor, de paz no coração, de, de.. de notícia ruim...

E lá vamos nós. Era para ser só mais um domingo, mas não foi.

E a semana começou mais carregada e pesada do que deveria.

Parque da Colina na manhã de segunda-feira. Estar ali ao lado de grandes amigos, sentindo uma dor que eu sei qual é me faz reviver um milhão de sensações ruins. E hoje eu não vou falar das minhas perdas, mas das impressões que eu tenho em dias assim..

Então...é isso aí..funciona mais ou menos assim... mais uma despedida...ou melhor, mais uma despedida não feita...

Quando se vai alguém a gente logo pensa: “eu nem bem me despedi”... ainda bem que não..despedidas são tristes demais para serem desejadas...a maior dificuldade da morte e a melhor facilidade dela, é que é surpresa...

Poxa..imagina se não fosse..imagina viver sabendo a hora do final? Que graça ia ter, que desespero, que agonia..viver em contagem regressiva..

A todos nós foram concedidas duas prerrogativas..

Uma delas, a certeza...

Eta..CERTEZA.. palavrinha que só a morte dá significado completo...A morte é única coisa certa na vida. Certeza. Eternidade. Pra sempre. Só há garantia de que nossa partida para outro plano é definitiva. Nada mais. Nenhuma outra certeza, nenhuma outra garantia..a não ser esta...

A outra prerrogativa é a SURPRESA, o não saber.. mesmo tendo certeza, mesmo sendo tão seguro de que ela vem.. o não saber é essencial..

A vida é agora, a vida é hoje..vivida sem hora pra acabar, sem previsão de final, no improviso, no de repente... Se a gente soubesse a hora da morte não ia ter graça a vida... É que planejar, prometer, programar é viver...E viver é a única coisa até agora que dá sentido a esta tal morte.

Morte... falar dela é normalmente um tabu.. porque sempre dá a sensação de que se desfez a ordem natural da coisas... Causa sensações ruins, normalmente um desconforto, um constrangimento, um não saber bem o que dizer. Não entendo. Ou entendo até. Eu aprendi à duras penas, que a vida não é aqui.. a gente devia chorar quando as pessoas nascem e sorrir quando elas vão embora.

Enquanto a gente não enxergar isso aqui como uma passagem, vai doer..

TÁ!...eu acredito no que estou escrevendo.. o discurso é legal, no fundo todo mundo sabe disso...mas na prática.. poxa...na prática a gente só quer quem a gente ama perto... e quer, quer um querer maior que a gente mesmo, quer uma vontade do tamanho do infinito que esmaga o coração e quer...

Mas na vida a gente não tem o quer..a gente tem o que precisa.. e quem sabe das nossas necessidades mais íntimas e profundas é só Ele, Deus.

Aí não adianta revoltar, indignar..não há lágrimas derramadas que desviem os fatos do caminho que Deus traçou... e Ele não nos desejou a dor..mas nos predestinou ao crescimento, ao amadurecimento, à evolução...

Mas só quem perde é que sabe... se despedaça algo sólido e concreto demais. Questionamos nossa fé, nossa força. Buscamos respostas para perguntas que não tem. Encontramos respostas para perguntas que jamais fizemos. Não há opção, não há livre escolha. O caminho é a reconstrução. De si mesmo. Descobre-se sua própria fé, sua própria religião.

E a perda jamais será entendida, mas será aceita.

A volta para casa é silenciosa, esquisita. Na segunda-feira eu sai do Parque da Colina e fui para o trabalho. Deixei solidariedade, uma dor compartilhada, um vazio no peito, um nós na garganta, carinho a todos. Minha vida continuou dali. A vida da família, não! A porta que se fecha nas costas deles, nunca mais se abre igual.

É mais ou menos isso.. Minhas impressões sobre este dia. Não é minha visão mais completa, não é sequer minha visão mais racional e transparente, que em outra ocasião eu ainda espero dividir. Mas com certeza é minha descrição mais fiel do cenário daquele início de semana.

E também dói em mim.

...............

A verdade é que a morte é uma piada.

E não parece justa.

Foi Pedro Bial quem muito bem disse:

“MORRER. Como assim? A troco de que? Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Isso é para ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo... Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.”

Estes dias, eu uso para pensar, para reavaliar...para me confirmar em busca dos meus propósitos..de ser diariamente uma pessoa melhor..

Meus objetivos enquanto SER..enquanto SER HUMANA vêm sendo realizados..tudo a partir da morte, da perda...Reflitamos. Sobre o que vale a pena...sobre o que merece nosso tempo, nosso investimento.. sobre o que fazer diariamente para ser um ser humano melhor, para ver o mundo melhor, para fazer alguém mais feliz. Sobre o valor que tem se dado as pessoas, sobre o carinho dispensado a elas, sobre a doçura na suas palavras.

Quando se perde alguém, se vai um pedaço de nós mesmos. Daí o caminho é a reconstrução, a mudança de paradigmas. As coisas nunca mais serão as mesmas, mas serão eternamente e diferentemente especiais. Sim. Especiais. A vida de quem fica estará marcada por antes e depois de uma perda. Nada mais vai ser igual, mas isso não quer dizer que as coisas não serão boas.

Sempre há uma missão a ser cumprida, sempre há algo a ser feito, sempre estamos destinados ou pré-destinados a fazer alguma coisa, a mudar o que não é certo. E quando cada um se deitar a cabeça no travesseiro e pensar que a missão está cumprida, chegada estará a sua hora.

“A vida da gente não é medida em distância e sim em largura. Não importa viver 80 anos sem nada, o que vale, são os 20, 30 bem vividos, com a vida cheia, larga..” Foi o Cast. que me disse isso quando meu irmão se foi. E sabe, mesmo sem entender isso muito bem na época, hoje eu garanto que funciona, que é verdade, que minha vida é mais leve do que sempre foi, que eu entendo que a vida do meu irmão valeu por uma vida inteira. Com certeza a do Pedro também.

Eu sei...que serão muitos planos não concretizados, muitos sonhos não realizados... eu sei que serão muitas promessas não cumpridas, e que muitos momentos farão menos sentido sem ele. Mas eu digo e repito, com segurança, que ele nunca esteve tão presente nesses momentos, como a partir de agora.

A morte ainda é a melhor forma de alcançar a vida eterna.

São estas minhas impressões...por hoje, são...

Beijos a todos.

E a sensação ainda é a mesma. A de que não era pra ser assim. Mas é.!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Como vim parar aqui?


Segunda-feira, 07 de setembro. Feriado, 18:40, fim de festinha não rara aqui em casa. Um grande amigo da família foi quem me disse: "Sabe aquela carta que você escreveu pro seu irmão?! É ela que eu leio quando me faltam forças, fica na minha gaveta. Já li mil vezes."

Eu também.

Sexta-feira, 11 de setembro. 11:30. Fiz uma coisa que há muitos anos não fazia. Desde criança. Fui com minha mãe para o trabalho dela. Fiquei lá. Vendo as coisas, observando as pessoas e achando tudo novo e diferente.

Deu muita saudade. De muitas coisas, de muitas fases. Resolvi ler a tal carta, o tal email.

Li. Entalei. Passei aperto para segurar as lágrimas. Parei de ler. Recomecei. Percebi que ainda é igual. Que as coisas que eu sinto falta e escrevo hoje em dia para mim mesma são praticamente as mesmas. Ainda é a mesma sensação de não saber bem o que dizer. Mas também percebi que minhas forças, meus sentimentos se renovam diariamente. Fomos almoçar. No Xodó da Praça da Liberdade... Sabores da infância. Risadas com Ela, minha mãe. Mais saudades.

Sexta-feira, mesmo 11 de setembro, 23:30. Cheguei da academia com os hormônios da felicidade transbordando. Assentei com meus pais lá no quintal como em quase todas as sextas. Mais momentos bons. Mais saudades. Mais sensações.

Seguinte: 11 de setembro costuma mexer comigo. Me lembro ainda daqueeele outro 11 de setembro. Adolescente, fazendo trabalho de escola na casa de uns colegas e lá estava aquela imagem. Um avião. Duas torres ao chão. Desespero. Fumaça. Centenas de pessoas mortas. Fico sensível a certas cenas.

Essa é uma. Um milhão de outras, diariamente. Eu sempre penso no que dizer, no que escrever, na vontade de dividir com as pessoas um sentimento, uma sensação, uma indignação. Elaboro, escrevo, às vezes envio, às vezes não.

As vezes meses depois me pego relendo meus "enviados" ou meus "rascunhos". Queria que os outros também relessem, também lembrassem, também soubessem do que está vivo em mim, das minhas impressões e sensações sobre a vida.

Sexta-feira, 11 de setembro, 23:49. Boa noite pro meu lindo. Boa noite pra papi e mami. Boa noite pra Thor e Lilico. Boa noite pro irmão. Pensamento passeia por todos que eu amo. E cá estou eu.

Finalmente. Querendo/permitindo que vocês espiem da minha janela.

Se eu não puder me dividir com as pessoas não faz sentido.

Sempre com muito a dizer.
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