sexta-feira, 10 de setembro de 2010

É só a lembrança de um momento bom...


Fim de festa. Madrugada do dia 13 para o dia 14 do mês de agosto, 04:30 horas. Casa vazia. Umas horas antes, casa cheia. Aí fica aquela sensação boa. De missão cumprida. De aniversário comemorado. De ter pessoas pra se amar. Pra me amar. Todo mundo vai embora. Fica a bagunça melhor de arrumar, as fotos, uns presentes, a lembrança boa de mais um aniversário.

E também fica quem nunca vai.

Entre as toalhas de mesa e as cadeiras espalhadas pelo quintal, entre os copos, os embrulhos amassados de presente, os presentes. Entre a bebida derramada, o bolo, as velas.

Entre tudo isso, o melhor abraço do mundo.

Silencioso. Sem aviso. Sem motivo. Com todos os motivos do mundo. Demorado. No meio, bem no meio do quintal.

Normalmente, no meu quintal eu me sinto guardadinha, pequenininha, protegida. Sinto que o mundo é enorme lá fora. Nesta hora, não. Nesta hora meu quintal, sim, é que parecia o centro do mundo, enorme, meu lugar. A sensação é de que parecia que tudo é que girava em torno de nós. Ao redor do meu próprio mundo.

Como por coincidência, mas certa que de que não foi, a música era a mesma que embalou os dias mais mágicos que eu já vivi, no lugar mais mágico que já conheci.

E assim eu comecei meu dia. Pouco antes do sol nascer. Ali. Naquele abraço demorado. Silencioso, e de mil palavras. Onde eu quero sempre estar. Onde eu vou mesmo sempre estar. Num abraço que é meu. E o colo, os braços e o mundo também. Tudo meu.

Há lugares de onde nunca se deve sair. Há lugares pra onde sempre se deve voltar.

Hoje, tocou a tal música, na voz daquela que faz Kelly Key parecer poesia, ai eu lembrei.

Lembrança simples de um momento bom.


“Ser capitã desse mundo
Poder rodar sem fronteiras
Viver um ano em segundos
Não achar sonhos besteira
Me encantar com um livro, que fale sobre vaidade
Quando mentir for preciso, poder falar a verdade..”

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