Pular para o conteúdo principal

..tirar a bússola do armário..



Não tenho conseguindo escrever nos últimos tempos. Minha cabeça tem funcionando de um jeito estranho. Mas mal. Tenho andado inquieta. Quieta. Na pasta do blog mil posts inacabados. Idéias incompletas. Pensamentos interrompidos. Tenho andado assim. Encerrando certas coisas pelo meio. Alguns livros. Alguns projetos. Alguns emails. Alguns pensamentos.

Eu tenho um mundo só meu. Nele parece ter tudo que eu preciso. Bem da verdade eu não preciso de muitas coisas. Por vezes me basta saber tudo ali. Daí quando me sinto incompleta me perco.

Ando assim.

Podem ser coisas da minha cabeça. Pode ser a tpm de dois meses sem o ‘Pré’ virar ‘Durante’. Pode ser qualquer coisa. Ou alguma outra coisa. Pode ser meu jeito de me encontrar. E por vezes eu faço isso. Mudo o caminho, desvio a rota. Só para me achar em mim outra vez.

Necessário. Mas inquietante. Sei que a bússola está esquecida no armário. Aquela bússola do post antigo. Está no armário. O armário que eu estou indo lá arrumar agora. Mandar embora umas coisas velhas. Tirar de mim o que não me pertence. Recolocar a bússola no bolso.

Vontade de mudar a cor do cabelo. Mas não sou afeta às mudanças.
Vontade de mudar o layout do blog. Mas não sei fazer isso.
Vontade de rever algum velho amigo. Não sei por onde andam.

Vou lá. Assentar no chão do quarto. Jogar as roupas no chão. Achar dinheiro nos bolsos. Ler bilhetes de amor.

Amanhã provavelmente vou ao shopping. Não comprar. Andar. E sozinha. Almoçar sozinha. Salão sozinha. Provavelmente vou cortar o cabelo. Provavelmente vou mudar o layout do blog. Esta semana provavelmente vou rever alguma amiga de outro tempo. Provavelmente vou tomar vinho com a mamãe e o papai na quarta.

E depois de tudo...nada vai ter mudado. E eu vou voltar pro lugar onde eu amo ficar. E é exatamente onde estou. No mundo que é só meu.

É, post com cara da terapia (aqueeela que eu sei que devia fazer, mas não faço)... rsrs e acho que nem nunca vou!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Para beijar na chuva.

Pela ordem natural este post deveria ser aquele sobre minha viagem, sobre minha partida, sobre minha chegada.  Mas não tenho sido muito adepta da ordem natural ou estaria em uma outra vida, sonhando com um bando de coisas que eu nem acredito que existem. Por isso o fim de ano chegou primeiro e com ele meu post da virada, que tem se tornado uma tradição para mim. Algo como o Especial de Natal do Roberto Carlos ou o Show da Virada do Faustão. Post de final de ano, então, tem todo fim de ano. A única condição aqui é que as sensações sejam novas e desde já fica meu pedido para que o universo renove meus desejos e que eles sejam mesmo diferentes a cada ano, e sejam alimentados por expectativas diferentes, sensações diferentes e sonhos diferentes. E que haja, por isso, inspiração para que eu escreva a cada virada de ano e muitas vezes entre uma virada e outra, porque se isso não significa muito para as pessoas, para mim, significa sempre que eu estou viva. E só por este motivo e...

Como vim parar aqui?

Segunda-feira, 07 de setembro. Feriado, 18:40, fim de festinha não rara aqui em casa. Um grande amigo da família foi quem me disse: "Sabe aquela carta que você escreveu pro seu irmão?! É ela que eu leio quando me faltam forças, fica na minha gaveta. Já li mil vezes." Eu também. Sexta-feira, 11 de setembro. 11:30. Fiz uma coisa que há muitos anos não fazia. Desde criança. Fui com minha mãe para o trabalho dela. Fiquei lá. Vendo as coisas, observando as pessoas e achando tudo novo e diferente. Deu muita saudade. De muitas coisas, de muitas fases. Resolvi ler a tal carta, o tal email. Li. Entalei. Passei aperto para segurar as lágrimas. Parei de ler. Recomecei. Percebi que ainda é igual. Que as coisas que eu sinto falta e escrevo hoje em dia para mim mesma são praticamente as mesmas. Ainda é a mesma sensação de não saber bem o que dizer. Mas também percebi que minhas forças, meus sentimentos se renovam diariamente. Fomos almoçar. No Xodó da Praça da Liberdade... Sabores da infân...

Vi, vivi ou inventei!

Eu nunca expliquei de onde surgiu o nome do blog. Acho até que deveria ter sido a primeira coisa a ser feita quando ele nasceu. Ou nem devia explicar e deixar cada um entender ao seu modo, fazer sua interpretação. Mas vou dizer. Eu estava lendo Martha em um dia qualquer. E quem me conhece sabe da minha adoração por esta mulher. Não sou de muitos ídolos, mas ela é, definitivamente, uma das minhas. Diz tudo que eu quero dizer, pensa tudo que eu penso, escreve tudo que eu quero escrever. Às vezes sinto aflição, porque gostaria de ter, eu, dito antes. Tem um texto dela, chamado A Janela dos Outros, em que ela fala sobre como o ser humano tende a só querer ver o que mostra sua própria janela, como se a visão ou opinião do outro não tivesse mesmo muita importância. Em um momento da crônica, perto do final, ela diz “A sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos”. Conheço poucas pessoas que falem tanto e batam tanto o martelo como eu. Minha...