terça-feira, 29 de junho de 2010

Eu não sei tirar as pessoas da minha vida..



Eu não sei tirar as pessoas da minha vida, não mesmo. Nunca soube. E tenho pena de quem sabe.

Não importa a categoria. Amigas, amigos, namorados, colegas de trabalho, qualquer coisa.

É que eu não entendo esta história de ‘em um dia a gente é feliz, se diverte juntos, troca uns segredos, divide a mesa do bar, a conta e a intimidade’ e no outro... ‘no outro não..no outro aquela pessoa até então querida se torna um ‘ex’ qualquer coisa’.

De repente ‘fulano ERA meu amigo’, ‘eu ERA apaixonada por ciclano’ e ‘já FUI melhor amiga daquela outra’.

Socorro. Não sei dizer se é defeito ou qualidade. Sei dizer que o que eu puder fazer para manter as pessoas na minha vida eu faço.

Não sou nenhuma boba ambulante que faz questão de quem não faça questão de mim. Não é isso não.

Sou movida a calor, a amor, a carinho. Celebre por me ter na sua vida e eu celebrarei por te ter na minha. Outro dia disse isso a um amigo: Eu não preciso das pessoas e nem quero que elas precisem de mim. Eu preciso é de que elas me saibam aqui. De que quem eu gosto tenha a certeza de que SE precisar vai me achar.

Do meu jeito e é um jeito diferente de viver, eu vivo bem. Nunca precisei tanto das pessoas, mas nunca me virei tão bem sem elas. Mas eu gosto muito de todo mundo. Tenho orgulho de colecionar uma lista enorme de pessoas que eu gostaria que me soubessem aqui. Mesmo que elas não saibam, mesmo que elas não se importem, mesmo que seja algo só meu.

Graças a Deus existe a internet, sites de relacionamento, MSN, boteco, cinema, japonês, quinta-das-amigas, lanchinhos, almoços, eventos e aniversários suficientes para que eu possa manter as pessoas na minha vida.

E se não for assim eu não vivo. Eu faço mesmo questão de todo mundo, faço mesmo questão de quem eu gosto. Amo, amo saber que o outro sabe, sabe que eu estou aqui, sabe que é amor.

Eu amo, sim, demais as pessoas. (e isso até é assunto pra outro post). Mas isso não quer dizer (e não quer mesmo) que eu não dedique carinhos especiais a determinadas pessoas. E olha que a minha lista de ‘especiais’ é imensaaa.

Mas é assim que é.. Pra mim não há nada melhor na vida do que me dedicar às pessoas. Do que deixar o mundo saber o que sinto. Do que dar um grito, um sorriso, uma gargalhada quando meus olhos vêem alguém que eu preze. Eu invisto nas pessoas e realmente acredito que elas valham à pena.

Há pessoas que não. Há quem saiba tirar as pessoas de suas vidas, que deixam passar o outro. Uma pena. Mais pra elas que pra mim, mas ainda assim eu lamento. Lamento porque eu vivo desta energia e preciso dela. Lamento porque as minhas pessoas são meu vínculo, com o que já vivi, com meu presente e com o que ainda estar por vir.

Lamento porque sinto um aperto no peito cada vez que percebo que se foi alguém; que não sou mais de alguém ou que alguém não é mais meu. Que eu FUI e não SOU mais. Que o outro FOI e não É mais.

Mas é isso aí. Tirar os outros da minha vida é algo que eu ainda não aprendi a fazer e nem quero. Vou me virando, vou me ajeitando comigo mesma quando não tem jeito. Mesmo sem querer.

E sigo, amando amar. Amando abrir o sorriso, o olhar, a energia e um grito para aqueles que são, que estão.

Para aqueles que SÃO, me saibam aqui. Eu sou, eu estou, eu amo.

Amo daquele velho jeitinho. “Amo igual criança, amo com todas as letras. A-M-O e invento. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Sem pudor. Quer me entender? Não precisa. Quer me amar. Me dê um chocolate, um bilhete. Não importa. Eu gosto é de beijo, abraço e surpresa!”

Eu não sei tirar as pessoas da minha vida, não mesmo. Nunca soube. E tenho pena de quem sabe.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

..são idéias vãs..


Ontem de madrugada eu acordei de repente. Não foi à toa, meu filhote está doentinho. Passou mal a noite toda. Mas o que importa é que eu estava no meio do meu descanso de toda noite e acordei.

Perdi o sono. Olhei o baby ali deitadinho. A sombra das minhas coisas espalhadas pelo quarto. Peguei o celular, olhei o relógio. 2:32 horas da madrugada.

Adivinha no que deu? Plin. Mil pensamentos, cabeça funcionando à mil. Ali no meio da madrugada.

Normalmente eu tenho medo. Do escuro, do silêncio, dos pensamentos que se escondem ali por trás. Mas sabe? Ontem não. Ontem eu quis levantar, tomar banho, arrumar meu armário, trocar de roupa, ir trabalhar, ligar pras pessoas. Quis dar um grito e aproveitar aquilo ali.

Olhei ao meu redor e pensei. Porque não agora? Porque não agora que o trânsito vai estar bom, não vai ter fila no restaurante, no banco, na loja. Não vai ter perigo de eu ser atropelada, como eu “quase sou” todo dia. Não vou ter que esperar pra ser atendida. Nem pra chegar minha vez. Não vou ter que me apertar no elevador. Vou ser só eu, feliz da vida por aí.

Pensei mais um pouco e achei que a chance de eu perder o emprego e os amigos se passasse a viver de madrugada era grande. Concluí que era só mais uma maluquice da minha cabeça.

Ainda assim, fiquei ali, curtindo minhas idéias por mais uns dois minutos. E tinha um clima bom no ar. Fiquei olhando a claridade do poste que entra todos os dias pela janela do meu quarto. Conferi se o Thor estava bem. Pensamento passeou por aí. Virei pro lado e dormi.


“..Foram meras palavras sem sentido e palavras sem sentido são idéias vãs..”
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