Pular para o conteúdo principal

Aonde você quer suas marcas de expressão?


Dia desses estava eu tentando resolver pelo telefone uma questão junto a um órgão público. Aguardava ali, ao telefone, uma resposta da quarta atendente para a qual haviam direcionado minha ligação. Vi no reflexo do porta-treco da minha mesa do escritório minha testa franzidinha, minha marca de expressão forte, marcada.

Parei. Respirei. Relaxei.

Pensei: Poxa! Para que tanta tensão e tantos maus tratos com a minha marquinha de expressão?

Passei a reparar que as pessoas andam assim. Testa franzida, olhar carregado.

Adianta?

Adiantou eu gastar minha marquinha com aquele telefonema? Foi mais eficaz? Se o relatório não ficou pronto; Se o chefe está de mau humor; Se o carinha não ligou no dia seguinte; Se você se irritou; Se o dinheiro para pagar a dívida acabou; Se você está atrasado; Se o sinal fechou; Se o trânsito está ruim; Se o homem da sua vida te abandonou.

Franzir a testa não vai resolver nenhum desses problemas, eu garanto. Mas vai te criar uns outros. Vai te fazer parecer uns anos mais velho do que é. Vai te tornar uma imagem menos agradável para quem te vê. Vai levar com você uma energia que não faz bem.
.
.
.
Mas existe uma outra marquinha de expressão, que esta sim, eu quero pra mim. A marquinha da bochecha, a do sorriso. Esta eu quero. Queira também. Gaste, esprema, aperte, marque. Marque seu rosto com a leveza que só um sorriso trás para uma pessoa.

Torne sua imagem agradável, pareça mais jovem, encha o ambiente que você está com sorrisos.

Às vezes, confesso que me sinto até meio boba. Mas adoro. Rio de tudo. Sorrio de tudo. Gargalho de tudo. Até do que não tem graça. Porque nada é melhor. Nada cura os efeitos de uma marquinha de expressão na testa, como uma linda marquinha de expressão do sorriso.

Sorria. Ria. De você, do outro, de tudo, de qualquer coisa. Entenda que preocupação é ineficaz na solução dos problemas. E em excesso envelhece. Seja responsável, mas permita a criança feliz que existe em cada um continuar viva (ainda falo dela em outro post).

Eu sigo sorrindo. Entre uns descontroles e outros, entre umas franzidinhas de testa e outra. Apenas suficiente para me lembrar que eu prefiro o sorriso. E prefiro mesmo.

Ouça o poeta e sorria, simples assim!


“Don't worry, be happy
In every life we have some trouble,
When you worry you make it double
Look at me im happy.

Cause when you worry, your face will frown,
And that will bring everybody down.
Don't worry, don't do it,
Be happy,put a smile on your face,
Don't bring everybody down like this
Don't worry, it will soon pass whatever it is,
I'm not worried.


Like good little children,
Don't worry, be happy!!!!!!!!”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Para beijar na chuva.

Pela ordem natural este post deveria ser aquele sobre minha viagem, sobre minha partida, sobre minha chegada.  Mas não tenho sido muito adepta da ordem natural ou estaria em uma outra vida, sonhando com um bando de coisas que eu nem acredito que existem. Por isso o fim de ano chegou primeiro e com ele meu post da virada, que tem se tornado uma tradição para mim. Algo como o Especial de Natal do Roberto Carlos ou o Show da Virada do Faustão. Post de final de ano, então, tem todo fim de ano. A única condição aqui é que as sensações sejam novas e desde já fica meu pedido para que o universo renove meus desejos e que eles sejam mesmo diferentes a cada ano, e sejam alimentados por expectativas diferentes, sensações diferentes e sonhos diferentes. E que haja, por isso, inspiração para que eu escreva a cada virada de ano e muitas vezes entre uma virada e outra, porque se isso não significa muito para as pessoas, para mim, significa sempre que eu estou viva. E só por este motivo e...

Carta aberta a Fábio Jr.

« Enquanto não  atravessarmos  a dor da  nossa  própria solidão,  continuaremos  a nos buscar  em outras metades. Para viver a dois, antes,  é necessário ser um. » - Fernando Pessoa. Fábio, você tem ideia do que você fez? Você tem ideia de quantas milhares de pessoas estão infelizes por sua causa? Está bem, eu sei que é um peso muito grande para você carregar, mas você devia ter pensado nisso antes. Eu gostava tanto de você, sabia? Sei lá se você é afinado o bastante, mas como a única coisa que eu entendo de música é que eu gosto quando me faz sentir viva, você serviu. Passei minha infância inteira te ouvindo por milhares de quilômetros no banco de trás do carro e em tardes passadas no quintal. Passei minha adolescência inteira te ouvindo cantando lá na sala durante os jantares que meus pais faziam para os amigos. Passei minha vida adulta inteira acordando com você me perturbando domingos de manhã (muit...

Como vim parar aqui?

Segunda-feira, 07 de setembro. Feriado, 18:40, fim de festinha não rara aqui em casa. Um grande amigo da família foi quem me disse: "Sabe aquela carta que você escreveu pro seu irmão?! É ela que eu leio quando me faltam forças, fica na minha gaveta. Já li mil vezes." Eu também. Sexta-feira, 11 de setembro. 11:30. Fiz uma coisa que há muitos anos não fazia. Desde criança. Fui com minha mãe para o trabalho dela. Fiquei lá. Vendo as coisas, observando as pessoas e achando tudo novo e diferente. Deu muita saudade. De muitas coisas, de muitas fases. Resolvi ler a tal carta, o tal email. Li. Entalei. Passei aperto para segurar as lágrimas. Parei de ler. Recomecei. Percebi que ainda é igual. Que as coisas que eu sinto falta e escrevo hoje em dia para mim mesma são praticamente as mesmas. Ainda é a mesma sensação de não saber bem o que dizer. Mas também percebi que minhas forças, meus sentimentos se renovam diariamente. Fomos almoçar. No Xodó da Praça da Liberdade... Sabores da infân...