
Ele não foi capaz de cumprir as promessas que fez a ela. Promessas de amor. Prometeu sempre amá-la, desejá-la. Sempre pensar nela. Sempre achá-la a mais linda das mulheres. Sempre reagir só ao mesmo cheiro e ser só dela. Prometeu até avisar quando não fosse capaz de sentir mais nada disso. Prometeu e não cumpriu.
Então, depois de entender que o mocinho não valia à pena, ela se prometeu nunca mais atender aos chamados dele. Depois quando os chamados pararam, se prometeu nunca mais ligar pra ele. Depois nunca mais mandar emails. Nunca mais falar no MSN. Nunca mais mensagens. Nunca mais ouvir a música dos dois. Nunca mais sonhar com ele. Nunca mais sorrir sozinha ou sentir frio na barriga ao se permitir lembrá-lo. Nunca mais.
Promete, mas também não cumpre. Liga, manda os emails, mensagens. Sonha e pensa nele 24 horas por dia. Ouve a música deles quando quer. E quando não quer. (porque faz parte da magia que a trilha sonora deles passe a tocar em qualquer radinho de pilha por aí). Sente. Pensa. Sonha.
Pois bem. Promessas todas não cumpridas. As dele e as dela. Pra ela, não conseguir cumprir as promessas que se faz, torna-se mais incômodo do que as ausências dele. É que quando o que o cara te faz sentir te impede de ser leal com você mesma, hummm, ai não vai dar certo. Não dá. E vai continuar não dando.
Depois de cada promessa descumprida ela vai saber que ele não merecia que ela fosse tão desleal consigo mesma. Tanto quanto ele foi. Ou vem sendo. E vai chorar. Vai chorar quando desligar o telefone e tiver a absoluta certeza de que o perdeu. De que ele é educado, ensaia umas gracinhas e uns sorrisos, mas está longe de ser aquele cara por quem ela se apaixonou. Está longe de ser aquele cara que a fez se apaixonar, sem que ela pudesse evitar.
Ele. Ele não devia ter prometido. Mas também não tem obrigação nenhuma com o cumprimento. Afinal de contas, amores não são contratos e promessas são no fundo feitas mesmo para serem descumpridas. (Nesta parte aceito minhas contradições, mudo de idéia em um post a ser publicado em breve.)
Talvez ele não seja aquele homem que ela achou que ele fosse. Mulher é assim, gosta de inventar paixões. Mas ela não é mais a paixão dele. Nem inventada. Nem de verdade. Mesmo que tenha acreditado ser, não é. Talvez nem nunca tenha sido também.
Daí, para as meninas de promessas não cumpridas, fica o palpite: Ele já não foi leal com você. Então, não seja uma réplica chinfrim de um homem que te mal usou. Ele não tinha este direito. E nem você tem. Você acreditou nele. E quebrou a cara. Culpa integralmente sua. Dê a você pelo menos o direito de continuar acreditando em si mesma e passe a cumprir suas promessas.
Cumpra as promessas que se fez! Hora de virar a página, de esquecer aquele que roubou seu coração. E o pegar de volta. Você se prometeu ir embora, sem olhar pra trás, se achasse que ele não valia a pena. Alguém que não cumpre promessas não pode mesmo valer. Sem mensagens, sem emails, sem ligações. Retome o caminho. Recupere o sentido e o controle. Mantenha o coração batendo no mesmo compasso, sem arritmias. Arrume outra pessoa pra repartir seus segredos. Enquanto a tal paixão ainda não te fez tão mal.
Zeca Baleiro como bom sabedor de amor foi quem alertou: "Não se move uma montanha, por um pálido pedido de alguém que não se (te) ama". Não mesmo. Não vale a pena. Não se sacrifique por ele.
Cumpra as promessas que fez a si mesma. E se não for capaz, apenas para o seu conforto, saiba que eu também não sou.
Vários posts prontos sobre isso. Diversas posições diferentes. Diferentes pontos de vista. O de hoje é este. Direto assim. Pros não cumpridores de promessas. Pras não cumpridoras também.
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