Entrei no táxi a caminho do aeroporto e o motorista, segundo baianinho que eu cruzava no dia, não demorou 7 segundos para dizer: “Oxê, é de onde, morena!?” - - Uai, quem falô qui eu num sô daqui? Gargalhamos. Ele já tinha me desarmado no “morena”que me dá nó na garganta com a lembrança do moço que deixei na terra dos macarons. Eu quase pedi um abraço. Depois ele me disse que eu tinha jeito firme, voz firme e uma risada que o dizia que eu não era tão firme assim. Respondi: - - Depende! Talvez desta vez você tenha errado. Rimos de novo, mas ele ainda duvidou. Tenho estabelecido uma relação estranha diante de pessoas que eu nunca mais vou ver. Mas Sr. Edmundo-fofinho-vontadedemorder-queroumavô e eu em algumas dezenas de minutos nos contamos nossas histórias, falamos de ilusão e de esperança e de otimismo e de egoísmo e de respeito. Mudei de lugar e me assentei exatamente atrás dele. Nos olham...
o principal é o que não está escrito