Ele me chama de marmota. De magrela. De gordinha. De bicuda. De baranga. Ele chama meu all star de kichute, minha alergia de pereba e minha calça xadrez de roupa de quadrilha. Ele me olha com carinho mesmo quando eu estou insuportavelmente chata de Tpm distribuindo indelicadezas por aí. E me dá bala ou sorvete. Ele arruma meu computador. Meu aumento. Meu humor. Ele me trata como se eu fosse um homenzinho. E me leva pro almoço só dos meninos. Ele divide a sala comigo. E faz piada de tudo que eu falo, faço e visto. Ele é criminalista, mas sempre tem boas teses civilistas. Ele me chama pra ir com ele até o Fórum de Nova Lima, só pela minha companhia. Ele me ensina tudo sobre os homens. Ele me acha linda, mas fala que eu sou “até bonitinha”. Ele é o Dj e anima as festas na minha casa, distribuindo pinga por ali. Ele diz que o Thor é mal educado e o Lilico vira-lata. Ele me espera para almoçar. E paga meus almoços. Ele me conhece como ninguém. E sabe meus segredos. Ele toma conta de mim. El...
o principal é o que não está escrito