Entrei no meu blog para me visitar e percebi que há bastante tempo não venho aqui escrever...Hum, que saudade de mim! Foram muitos dias sem estar tão perto assim de mim mesma. Eu me faço falta, sabia? Me senti sozinha estes dias longe. Mas quer saber? Às vezes sou um saco. Tem horas que não suporto minhas chatices, minhas contradições, meus pensamentos, meu modo de falar, meus vestidos curtos, a cor dos meus esmaltes. Tem momentos que não aguento minhas opiniões, meu humor, minhas risadas, minha voz. Ai me afastei. Ir embora, nunca. Estive a me observar, ali, de uma distância suficiente para me socorrer se precisasse. Mas sabe que estar longe também é uma maneira de me compreender, de entender minha vida, o que eu quero, o que eu busco? E só entendendo isso eu sou capaz de escolher minhas pessoas, coisas, lugares, sonhos. Só sabendo aonde eu quero ir dá pra saber por onde terei que passar; ou pelo menos dá para imaginar. Ando com muitas coisas a dizer, mas ou falta ou sobra inspiração e aí não saiu, não fluiu, não foi desta vez. Vai ficar para outra hora, minhas opiniões vão ficar para outra hora. Por agora vim dizer a quem interesse saber que ainda sou viva, que trabalho enobrece, que academia faz mais bem para a cabeça do que para o corpo, que determinadas condutas a meu favor só eu mesma posso tomar, que viver na minha concepção é algo bem além do que ensina a biologia. Vim dizer que certas coisas ou pessoas têm que ser sim retiradas das nossas vidas. Mesmo que for da minha, mesmo de mim, que digo que não sei fazer isso. Mesmo sentindo, mesmo me perdendo. Não faz mal, aguardo o segundo seguinte para me reencontrar. Coisas e pessoas se vêm e se vão e é algo que tenho que aceitar. Não dá para lutar sempre contra as mesmas coisas. Não pela vida inteira. Ao menos se houver me servido para algo, valeu. Se a roupa me deixou bonita, se a amiga me fez dar umas risadas, se o cara me deu uns frios na barriga, se o livro me ensinou uma palavra nova: então, valeu! Se é a hora de jogar fora, as roupas, os livros ou as pessoas, que seja! Sempre melhor pensar assim. Sempre melhor acreditar nisso. Mas só quero para mim o que me faça muito bem. Tão bem que eu não consiga evitar. Estou estranha hoje. Mas estou feliz. Estranha, porque o post pareceu seco, pareceu enxutinho demais para ser eu escrevendo. É que estive fora este dias, lembra? Mas agora estou de volta. De volta para mim.
Pela ordem natural este post deveria ser aquele sobre minha viagem, sobre minha partida, sobre minha chegada. Mas não tenho sido muito adepta da ordem natural ou estaria em uma outra vida, sonhando com um bando de coisas que eu nem acredito que existem. Por isso o fim de ano chegou primeiro e com ele meu post da virada, que tem se tornado uma tradição para mim. Algo como o Especial de Natal do Roberto Carlos ou o Show da Virada do Faustão. Post de final de ano, então, tem todo fim de ano. A única condição aqui é que as sensações sejam novas e desde já fica meu pedido para que o universo renove meus desejos e que eles sejam mesmo diferentes a cada ano, e sejam alimentados por expectativas diferentes, sensações diferentes e sonhos diferentes. E que haja, por isso, inspiração para que eu escreva a cada virada de ano e muitas vezes entre uma virada e outra, porque se isso não significa muito para as pessoas, para mim, significa sempre que eu estou viva. E só por este motivo e...
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