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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Não dê nome à sua felicidade.

E quem vai entender os desejos mais íntimos, profundos e até obscuros de um ser humano? Já fui aquela que muitas vezes não compreendendo o outro, apontou o dedo para algo que não me pareceu uma conduta adequada. Já vai tempo que não sou assim. Quem pode julgar coisas feitas com o coração, se de fato são feitas com ele? Quando compreendi que cada um sabe os limites da sua felicidade interrompi este tipo de avaliação sobre o agir de cada um. Dei ao outro o direito de ser feliz ao seu modo, sem ter que assistir meu olhar ou meu apontar pesando sobre ele. E me dei este mesmo direito. E por isso também não aceito olhares ou dedos a me apontar. Entendi que detesto mesmo as convenções. Vivo algumas, mas porque quero, não porque as pessoas esperam que eu viva. Dão nomes iguais a contextos diferentes. Namoro. Batizado. Casamento. São vivências e relações tão diferentes umas das outras, que não aceito bem que tenham o mesmo nome. Se eu namoro, meu namoro não parte das mesmas premissas que o seu...

Eu que preciso.

Vocês não precisam entender quando digo que não sei tirar as pessoas da minha vida; ou que choro vendo jornal nacional, propaganda da pedigree e comédia romântica; ou que acredito em amizade entre homens e mulheres e que ex-namorados deveriam se tornar nossos melhores amigos. Vocês não precisam entender que eu seja irritantemente otimista, acredito em contos-de-fada e em histórias de príncipe e princesa; ou que eu sou uma alma controlada por um grande sonho; ou que gosto de sorrir pra estranhos na rua. Não, não precisam. Nem precisam entender que às vezes sou moderna e às vezes careta. Vocês não precisam mesmo entender que minha vida é um sonho azul, bom de viver, das cores do mundo, de todas as cores que há em mim, em você e ao redor. Vocês não precisam entender que eu não enxergo maldade nas pessoas, que eu acredito nelas; ou que eu tenho ciúmes de quem já passou pela minha vida. Vocês não precisam entender minhas manias, e que sou sistemática. Não precisam entender que preciso fala...

A dor do outro.

Quem me conhece sabe bem quanto eu rejeito determinados assuntos. Sabe bem quanto afasto e fujo de certas sensações que me afetam de um modo tão ruim a ponto de eu querer evitá-las. Sou menina medrosa, mulher corajosa. Cheia de coragem abri minha janela, cheia de coragem me mostro mais que seria necessário, permito que as pessoas saibam mais sobre mim do que precisariam de saber, entrego meus mistérios. E com isso, crio outros tantos... Porque também tenho medos, também tenho incertezas sobre minhas verdades, questiono meus dogmas, duvido da minha realidade, não escrevo a melhor parte. Falo sobre a morte do meu irmão, falo sobre religião, política e relacionamentos. Falo sobre já ter tido o coração partido e falo dos meus sonhos. Falo da minha família, do mundo encantado em que vivo. Falo sobre desejo, vontade e sexualidade. Falo sobre fidelidade, amizade e simplicidade. Falo sobre indignação, diferença e futilidades. Mas difícil é falar sobre um medo que é do outro. Sobre algo que eu ...