Fim de tarde. Desci para fazer um lanche. O livro de leis em uma mão, o cartão do banco na outra. Assentei nas mesas da rede de sanduíches que fica embaixo do escritório. Juro que eu estava comendo um salgado fit comprado na padaria ali perto, mas as mesinhas me pareceram um bom lugar para assentar. Somos uma geração movida a grandes tragédias. Tanta informação, tanta preocupação, tantos projetos para serem realizados ao mesmo tempo, tantas relações para gerir, tanta satisfação para dar, tantas metas para não se estabelecer e quando forem alcançadas serem dobradas, que a gente só reage na marra. Só nos preocupamos com o meio ambiente quando estamos diante do maior desastre natural ocorrido em nosso país, só nos preocupamos com as nossas mulheres quando há um estupro coletivo realizado por dezenas de “caras”, só nos preocupamos com o terrorismo quando ele acontece em um lugar balado na cidade Luz ou quando um avião com civis é derrubado, só nos preocupamos com imigração quand...
o principal é o que não está escrito