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Postagens

Mostrando postagens de 2013

Para beijar na chuva.

Pela ordem natural este post deveria ser aquele sobre minha viagem, sobre minha partida, sobre minha chegada.  Mas não tenho sido muito adepta da ordem natural ou estaria em uma outra vida, sonhando com um bando de coisas que eu nem acredito que existem. Por isso o fim de ano chegou primeiro e com ele meu post da virada, que tem se tornado uma tradição para mim. Algo como o Especial de Natal do Roberto Carlos ou o Show da Virada do Faustão. Post de final de ano, então, tem todo fim de ano. A única condição aqui é que as sensações sejam novas e desde já fica meu pedido para que o universo renove meus desejos e que eles sejam mesmo diferentes a cada ano, e sejam alimentados por expectativas diferentes, sensações diferentes e sonhos diferentes. E que haja, por isso, inspiração para que eu escreva a cada virada de ano e muitas vezes entre uma virada e outra, porque se isso não significa muito para as pessoas, para mim, significa sempre que eu estou viva. E só por este motivo e...

Fantasia na vida real.

Eu nunca escrevi sobre a Força do Bem até aqui, apesar de já ter tido inúmeras experiências que teriam valido postagens. Mas sempre pensei que cada um tem algo de si para dar e recebe de volta com base no que oferece. Evitei escrever para não correr o risco de alterar a percepção das pessoas com relação ao tipo de experiência que se pode viver ali, pois é bonito que seja um rol de possibilidades infinitas e lindas, vividas ao modo de cada um. Ainda me lembro da minha primeira visita e já se vão alguns anos. Me lembro de chegar meio perdida, com uma certa timidez, -sim, eu juro   que em algumas situações sou tímida -, olhar aquele tanto de fantasias espalhadas e não fazer idéia do que exatamente eu estava indo fazer ali. Naquele dia fui uma fada, meio princesa, meio bailarina. Da segunda visita em diante virei então, e definitivamente, a abelhinha. Era um tempo em que havia muito poucas fantasias fixas e eu poderia ter escolhido uma fantasia de menininha, porque afin...

Encontros.

O que eu procuro tanto? Em que busca incessante mergulho todos os dias a fim de realizar este encontro? É possível chegar no lugar certo, quando não se sabe para onde está indo? Isto significa que nunca vou encontrar o que procuro ou que qualquer lugar vai servir? O que eu sei é que preciso primeiro me sentir viva. Quando algum sinal de amor me causa alguma sensação que percorre todas as terminações nervosas do meu corpo, me faz sentir o coração bater quando descanso minha mão sobre meu peito, me faz sentir arrepiar aqueles pelinhos invisíveis, - pronto, estou viva -, está aí meu ponto de partida. Depois eu penso. Tenho que sentir primeiro. E se eu sinto, eu vou. Aí eu vou mesmo. Às vezes em alta velocidade, às vezes caminhando tão devagar que dá para duvidar se vou chegar. Mas se estou dentro, estou, porque aí dá para fazer. Certo? Mais ou menos. É aqui meu desacerto. Se não depende só de mim e do destino vão haver outras barreiras. Meu querer, minha...

Minha abridora de janelas.

Passei alguns anos da minha vida dizendo que eu sou o tipo de pessoa que precisaria de fazer terapia, mas resistindo de certa maneira a ela. Ficava a pensar que alguém que mal conhece este furação de emoções que eu sou não teria condições de indicar caminhos, apontar soluções para algo tão complexo e importante quanto a minha própria existência. De outro lado, sempre imaginei que a parte boa daquilo ali fosse me autoconhecer, promover encontros comigo mesma, significar sensações que a vida deixa em nós pela estrada afora. E poucas coisas no mundo têm mais a ver comigo do que isso, do que a necessidade de mergulhar em mim mesma, de realizar os melhores encontros na minha exclusiva companhia, de trabalhar as milhares de emoções que compõem cada centímetro branquelinho que me cobre. Me dou com a novidade, fico bem em tocar o novo, me orgulho de mim mesma quando quebro alguma idéia pré-concebida. E já se vão alguns meses que deixei de resistir e entendi que devia a mim mesma uma...

O amor em câmera lenta.

E já não faltam mais de dois meses para minha partida. Me lembro como se fosse ontem quando veio a escolha, em uma manhã de domingo, quando pareceu que aquela resposta que a gente pede da vida simplesmente caiu na minha frente. Me lembro de ter tido uma conversa com meu pai no dia anterior e definitivamente aquele plano parecia estar sendo descartado. Não sei o que houve no universo durante aquela madrugada, mas me lembro de acordar naquela manhã com uma certeza: a de que eu iria e a partir daquele momento não importaria mais o que se alterasse no curso da história; eu iria. E vou. Voltando dois meses antes daquela manhã, - e agora há exato um ano -, também me lembro de estar em um restaurante, na beira da praia, na cidade dos 40 graus, em um fim de tarde daquele outubro chuvoso, cheio de energias diferentes e dizer para quem estava ali para ouvir que eu iria fazer isso. Que aquela capital das luzes ainda seria meu lar e ficaria com um pedaço meu. Me lembro de ter dito...

Enquanto eu quiser.

Alguns meses depois e aqui estou: voltei. Madrugada de segunda-feira, uma semana por começar, após um fim de semana equilibrado e leve. Desliguei o telefone (e sabemos que ligações de madrugada são as melhores, sem máscaras, filtros e escudo), fechei os olhos e eles se abriram de novo. O sono sumiu. Minha terapeuta (sim, eu me rendi à terapia, mas isso é assunto para outro post)... Como eu ia dizendo, minha terapeuta disse que insônias são um sinal do corpo dizendo que dormir não é a prioridade quando há coisas mais importantes para se resolver. Corpo em risco não dorme. Corpo, cabeça ou coração feridos não querem dormir. Corpo se fere quando a saúde e alimentação não vão bem; cabeça se fere quando estamos em turbulência ou mudança; coração se fere... bom, coração não se fere, mas às vezes é ferido de contra-paixão, de não-amizade, de des-amor, no sentido mais amplo que se possa dar a paixão, amizade e amor. Na verdade o momento exato em que acendi as luzes e vim...