Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2015

Se eu explicar, estraga. [Amém para vida].

Entrei no táxi a caminho do aeroporto e o motorista, segundo baianinho que eu cruzava no dia, não demorou 7 segundos para dizer: “Oxê, é de onde, morena!?” -        -  Uai, quem falô qui eu num sô daqui? Gargalhamos. Ele já tinha me desarmado no “morena”que me dá nó na garganta com a lembrança do moço que deixei na terra dos macarons. Eu quase pedi um abraço. Depois ele me disse que eu tinha jeito firme, voz firme e uma risada que o dizia que eu não era tão firme assim. Respondi: -        -  Depende! Talvez desta vez você tenha errado. Rimos de novo, mas ele ainda duvidou. Tenho estabelecido uma relação estranha diante de pessoas que eu nunca mais vou ver. Mas Sr. Edmundo-fofinho-vontadedemorder-queroumavô e eu em algumas dezenas de minutos nos contamos nossas histórias, falamos de ilusão e de esperança e de otimismo e de egoísmo e de respeito. Mudei de lugar e me assentei exatamente atrás dele. Nos olham...

Para deixar o outro ir.

E foi no caos que encontrei a paz. E foi na contradição que encontrei a resposta. Não gasto minhas palavras. Elas sempre valeram mais para mim que roupas, dinheiros ou carros caros. Elas me pertenceram integralmente e entendo que elas são provavelmente as únicas capazes de se manterem fiéis a mim mesma até o final. Mas sempre fui boa em interpretação de texto, sempre soube achar os duplos sentidos, as entrelinhas. Das palavras, dos textos, das atitudes e das pessoas. Já achei e já devo ter escrito que amar é permanecer. Que o amor é o exercício do ficar, do não desistir, do não ir embora. Que o amor pode tudo, pode escolher a forma e o gosto que amante e amado quiserem. A única coisa que o amor não faz é amar sozinho. O amor só é se ele for de duas pessoas, duas almas, prontas para serem namorados, amigos, pais e filhos, marido e mulher. Sem um contraponto, um par, o outro lado da corda, não se fala de amor. Todo amor que se ama sozinho é não-amor. Se tem assunto que eu não m...