E foi nesta última semana mesmo que, não pela primeira vez, me perguntaram se o que está escrito aqui é tudo verdade ou não. Difícil responder a esta pergunta. Posso dizer para começar que o que está no blog é real. Existe mesmo. É alguma verdade minha. Mesmo que seja um tipo de verdade inventada. Isso aqui é meu mundo. Onde me organizo, onde me construo, onde me reconstruo. É o modo que eu inventei de me encontrar quando eu me perco. De me refazer quando me quebro. De me reconstruir quando me despedaço. De me mostrar quando estou guardada. De me esconder quando estou exposta demais. É uma deixa, uma entrega, uma dica. É um grito, um pedido, um alívio. É isso tudo e não é nada disso. É um amontoado das verdades mais doloridas e escancaradas que só ficam expostas aos olhos de quem quer ver. Aos olhos de quem sabe ver. E é uma fuga, um jeito de correr sem olhar para trás, de pular sem ter como voltar. O que está gravado não se apaga mais. É meu caminho. Ou uma narrativa distorcida de...
o principal é o que não está escrito