- Olá, Sr. Policial. - Sra., houve uma invasão em seu apartamento. - A porta foi arrombada? - Não. Você deixou a porta aberta e ele entrou. - Pediu licença? - Talvez tenha dado uma espiada rápida, mas acreditamos que entrou sem pedir. - Quando vocês chegaram onde ele estava? - Ele não estava mais por aqui. Só tinha restado um pequeno caos. - Então ele mexeu nas minhas coisas? - Tirou tudo dos armários, das gavetas e espalhou por aí. - Roubou alguma coisa? - Não sabemos dizer. Não sente falta de nada? - Sinto, sinto muita falta. Alguma outra coisa danificada? - Tinha algo espatifado na sala. Parecia um coração, mas não tinha mais conserto. - Alguma pista de porque ele teria vindo aqui? - Acredita-se que há uma epidemia de amores vazios. A senhora tem alguma ideia de quem seja? - Sim. - Quer ajudar com o retrato falado? - Ele tem os olhos loucos pelo mundo. Um sorriso alucinado. E transborda todo o tempo. - Sra., isso talvez não nos ajude muito. ...
o principal é o que não está escrito